sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

2011




A todos os camaradas da CAÇ 4641, parceiros das minha aventuras por terras da Guiné, que 2011 seja um ano prospero junto das respectivas familias.

São os votos do Fialho, Esposa e do Canito

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Natal 2010



Amigos que sem malicia
A todos sem excepção
Nesta quadra Natalicia
Trago-vos no coração


Aos ex-militares da Ccaç 4641 desejo que este Natal seja o Natal de todos os Natais e que 2011 seja o ano de todos os projectos.

Estes são os desejos da familia Fialho

domingo, 12 de setembro de 2010

Convivio da C.Caç 4641 - 11/09/2010

Por manifesta falta de tempo, só hoje consegui deixar aqui uma palavras de conforto e assim assinalar mais um almoço da nossa Malta, ontem organizada pelo Macedo na explendorosa Lixa, na Quinta da Laranjeira.

A ordem de serviço apresentava-se assim:

Das 10 ás 11 - Concentração frente à Sé catedral da Lixa

11.30 missa na igeja da lixa em homenagem aos ex-camaradas falecidos e acção de graça pelo nosso regresso.

13 horas Almiço convivio na Quinta da Laranjeira - Borba de Godim - Lixa

Para dormir havia o apoio do Hotel Horus em Felgueiras.


Para todos que teimam em não deixar cair esta iniciativa um grande bem hajam.
Para os que por qualquer motivo não poderam estar presente como foi o meu caso, para a proxima que não faltem porque a presença de todos somos poucos para erguermos bem alto o nome da CAC 4641 a nossa companhia, companhia de todas as companhia.

11/09/2010

Aproveito para deixar aqui um mail de um Guienense que não tendo nada a ver connosco, se calhar tem...aqui fica.

Ola Fialho.

Vi o teu blog fiquei muito satisfeito por varias razoes, eu sou natural de Mansoa e onde vivo, estou trabalhar numa radio aqui em Mansoa. A radio pertence a igreja catolica, mais eu sou muçulmano.

Sinceramente o teu blog faz me reviver a minha infancia em Mansoa nos anos 1970 - 1973.



Mansoa era de facto uma vila lindíssima, chamávamos-lhe o jardim da Guiné, tal era a quantidade de flores e árvores que ali existiam.
O Spínola convidava constantemente jornalistas estrangeiros para verificarem in loco que a Guiné não estava ocupada e que ali se vivia bem.



Clube dos Balantas tinha um cinema que passava constantemente filmes para a tropa e para a população; futebol de salao, tinha também um razoável restaurante, propriedade de Simões, antigo soldado que por aqui ficou e montou esse negocia com a mulher.


Mansoa era uma vila lindíssima nos anos 70, chamávamos-lhe o jardim da Guiné, tal era a quantidade de flores e árvores que ali existiam.
O Spínola convidava constantemente jornalistas estrangeiros para verificarem in loco que a Guiné não estava ocupada e que ali se vivia bem. Estas visitas eram feitas durante o dia; à noite, de vez em quando, acontecem ataques do P.A.I.G.C.
Clube dos Balantas tinha um cinema que passava constantemente filmes para a tropa e para a população; tinha também um razoável restaurante, propriedade de Simões, antigo soldado que por aqui ficou e montou esse negocia com a mulher.
senhor Fialho queria pedir lhe se senhor conhece uma historia importante sobre Mansoa, eu tenho um blog onde estou divulgar historias passadas em Mansoa principalmente da guerra Colonial.

Armando Mussa Mussa.


Para o Armando, um grande, grande abraço e que Mansoa volte a ser o Jardim da Guiné.
quem passar por aqui e tiver historias para enviar ao Amigo Armando Mussa Mussa, deixe aqui p contacto que depressa lhe enviarei o endereço dele.

A todos um enormissimo abraço e vou confiar que me enviem nem que seja uma foto do encontro.

Abraçosssssssssssssssssss
Até sempre
Fialho

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Os ex-combatentes

Passados 36 anos, está chegada a hora do País fazer as pazes com a sua memória. E fazer justiça à geração da guerra. Sabendo que a guerra colonial não foi decidida por eles e que eles foram, com os povos das ex-colónias, as suas principais vítimas. São eles que carregam as feridas do nosso passado. E nós falhámos ao ignorá-las.
Tudo isto parece hoje óbvio. Mas nem sempre foi. E é natural que não fosse. Os povos também precisam de tempo para sarar as feridas da guerra " e começar a falar do assunto. E quando finalmente o conseguem fazer é muitas vezes tarde demais.

sábado, 24 de abril de 2010

Abril 2010




Gemidos

Da bolanha
Sinto o cheiro
Do abrigo
A solidão
Dos amigos
Saudades
Das partidas
Emoção

Da tabanca
A humildade
Da bajuda
Servidão
Da criança
Sem maldade
Cavando na guerra o pão

Sinto o pavor da picada
Das minas
Sinto terror
Angustia da emboscada
Do Napal
Sinto o odor.
Do obus
Sinto o troar
Das balas o seu zumbido
Da morna o balançar
Do paludismo
O gemido.

Não sei bem
Porque lutámos
Tento enxergar
Não consigo
Hoje sinto-me
Enganado
Sinto
Sinto
Sinto
Sinto ….

Fialho
Set/98



domingo, 18 de abril de 2010

1º Cabo Raposo

Dito por Joaquim Mexia Alves

Meu caro Fialho

Obrigado por esta tua mensagem.

Confesso que tenho uma vaga ideia desta história mas que não sei se foi provocada pela leitura ou por realmente me lembrar.

Não tenho dúvidas que seria uma atitude minha! Disso não tenho dúvidas!

O médico não era um individuo "gordo", que era julgo eu de Guimarães, (talvez Ferreira), e tinha uma pequena Honda?Se era esse, era realmente um individuo excepcional com quem eu me dava muito bem.

Lembro-me por exemplo que o Alferes Mendes que estava comigo na C. Caç 15, tocava clarinete.

Essa cantina seria a da C. Caç. 15?
Confesso que o meu período de Mansoa é aquele que mais dificuldade tenho de recordar, muito provavelmente porque estando em fim de comissão, a minha cabeça já estava "aos caídos", depois de uma temporada de quase 9 meses no destacamento de Mato Cão.

Quando vires que há o almoço do blogue do Luís Graça e se puderes, inscreve-te, (sou eu que organizo), e assim podemos lembrar-nos de todo esse período.Virei visitar o teu blogue de quando em vez.Abraço amigo doJoaquim Mexia Alves

9 de Março de 2010 09:23

Caro Mexia Alves,

Nada melhor que um Domingo á tarde meio chuvoso para recordar as nossas peripécias em Mansoa.

Escreveste tu que: “Confesso que tenho uma vaga ideia desta história mas que não sei se foi provocada pela leitura ou por realmente me lembrar.”

E eu se escrevi o que escrevi, foi porque um belo dia a deambular pelo meu Alentejo profundo na descoberta de azeite, azeite daquele de lagar, fiz tudo bem feito menos ter levado vasilhame apropriado para transportar o azeite, isto antes da existência da ASEA, agora em vez de azeite tens oleo de beterraba, por ai…mas voltando ao azeite, indicara-me uma lojeca ao cimo da rua, isto em Beringel onde vendiam os garrafões que necessitava. Entro na loja meio despassarado como sempre e… e de imediatos caí nos braços do nosso amigo Raposo o tal da bebedeira medonha que mesmo a mijar sentado caiu para o lado e deu origem á historia contada abaixo.

Ele fez o favor de me contar o que se lembrava e eu fui-lhe recordando já que ele bêbado como é obvio não se lembrava do pormenor. Dai, a historia ter alguma veracidade…

A cantina não sei se era a da C. Caç 15 era uma cantina que ficava entre duas casernas e em frente aos escritórios da CCaç 4641 a minha companhia.

O nome Mendes como a mota Onda diz-me alguma coisa, mas também não sei se o Medico era este. Sabes que mais??? Ser velho é uma merda eheheheh

Mexia um grande abraço e vai escrevendo alguma coisa.

Ao Raposo, onde quer que esteja um GRANDE bem HAJA

segunda-feira, 8 de março de 2010

Dia Mundial da Mulher.







Porque as nossas Mulheres são as melhores do mundo...Um grande bem hajam por aguentarem as nossas maduresas.

sábado, 6 de março de 2010

Mexia Alves...

Hoje ao vaguear pela grande estrada da informação, na tentativa de ouvir uns faduchos dei de caras com estes vídeo que me trouxe de imediato á memoria a nossa passagem por Mansoa/Guiné.

Mexia Alves , pelas mais variadas razões, era do tipo de individuo que não passava despercebido. Um belo dia do alto do seu elevado porte, patente ( alferes) e vozeirão…tentou identificar um grupo que fora de horas cantava alentejano, perguntando quem era o mais graduado, como pensávamos que fosse para apanharmos uma porrada, éramos todos soldados rasos…como é óbvio, não conseguiu identificar ninguém.
Fazendo parte do tal grupo, passados uns dias dou de caras com o Alferes Mexias e como não gosto de trazer coisas mal resolvidas, pergunto: Alferes afinal o que queria do grupo??? Responde ele: O nosso Alferes/Tenente medico faz anos e gostava que vocês fosse á festa para animarmos aquilo…resposta pronta, fazem parte do grupo, eu ( o Fialho) , o Raposo, e o outros agora já não me recordo.
Combinamos, no dia marcado lá estávamos e o resto é fácil de adivinhar, muita comida, bebida ás carradas até que: O nosso amigo Raposo já estava cheio até aos olhos e necessitava de mijar.
A cantina onde tudo se passou, era a cantina que ficava em frente do escritório da nossa Companhia.
Como habitual, existiam valas para o caso de ataque nos protegermos, essas valas eram circundadas por garrafas de cerveja com o gargalo enterrado. Conto este pormenor para se perceber o que quero contar a seguir.
O Raposo estava tão bêbado que não conseguindo passar a vala, sentou-se e começou a mijar sentado, mas a magana era tal que caiu para o lado e bateu com a cabeça de lado numa das garrafas que por azar estava partido. Como é obvio, uma ferida enorme, os médicos e enfermeiros em plena festa, bêbados??? Hummm …não acredito, mas tínhamos de tratar do desgraçado.
Resumindo, o Raposo foi cozido, ficou com uma cicatriz tipo, bola de futebol das antigas, ao Fialho calhou-lhe segurar na caixa das compressas e passado o susto tudo ficou bem, apesar do Raposo dar pinotes ao ser cozido a frio.

A haver culpados…só podiam ser um, O Mexia Alves, porque se não nos desassossega o nosso amigo Raposo, já falecido, não tinha mijado sentado e tão pouco tinha caído para o lado.

Mexia Alves, obrigado por nos teres desassossegado, porque sem ti não tinha esta história para contar 36 anos depois.
Se passares por aqui e te recordares de alguma coisa, deixa aqui o teu testemunho.