sexta-feira, 25 de abril de 2014

Fiz do Cravo uma Nação



Fiz da Chaimite, um arado
E da granada um pião.
Da G 3, fiz um cajado.
E do cravo uma nação.

Da mochila, fiz sacolas
Do inimigo um irmão,
Dos quartéis eu fiz escolas,
Do desperdício fiz pão.

Fiz do Racal a guitarra,
Do gemido uma canção.
Do abutre uma cigarra
E da caserna, um salão.

Dos hélios fiz ambulâncias,
Das bases fiz hospitais.
Da guerra fiz tolerância
Dos namorados casais

Dos soldados fiz poetas.
Deputados, vendedores,
Serralheiros, escriturários,
Bancários e professores

Abril/2000
Leandro Fialho

quinta-feira, 17 de abril de 2014

25 de Abril - 40 Anos


De Abril, diz-se aguas mil
Para mim foi liberdade
Roubada á ditadura Vil
Num poema de verdade

Como arma uma canção
E um povo sem maldade
Cravo vermelho, coração
Para mim foi liberdade

Pura sã e sem rancores
Não fossem falsos gentis
Era o Abril dos Amores
Roubados á ditadura Vil

Que matou velhos e novos
Sem dó e sem piedade
Foram libertados povos
Num poema de verdade


Se não tem sido em Abril???
Teria sido em Janeiro…
E seremos muitos mil
Em Maio ou Fevereiro.


Abril 2014
Leandro