domingo, 11 de setembro de 2016


          24º Convívio

          Vale de Pera

 

Só pode ter sido a MORTE

Que nos trouxe até aqui

Uns tiveram menos SORTE

Jazem hoje no capim

 

Tenho esta teoria

Com base no coração

Sem grande sabedoria

Pode ser assim ou não

 

Nunca o disse, digo agora

Fui um militar pimpão

Aquilo que fui outrora

Deveu-se ao Capitão

 

Sempre pronto, sempre lesto

A lidar com devoção

Com putos pobres de resto

Trouxe muitos pela mão

 

Sabem que digo a verdade

Dito aqui tem mais calor

Sobrou a nossa amizade

Neste mundo sem valor

 

Ó Alves, filhoooo da terra

Estava tudo nos conformes

Nem quero falar de Guerra

Porque aqui, não passei fome

 

Aos restantes Camarigos

Que para mim são irmãos

Chegaram vivos comigo

Com a alma em turbilhão

 

 

Deixem-me terminar assim:

 

No ano da liberdade

Em Setembro dia um

Passei á disponibilidade

Dei a farda, fiquei nu

 

 

10/Set/ 2016

Vale de Pera

 

 
Ontem em  Vale de Pera, Algoz no Algarve, realizou-se mais um dos nossos almoços, batendo o recorde de presenças quer de ex militares quer de familiares, andou na ordem das 90 presenças e foi organizado Alves.
Um acto enorme foi a presença, da viúva do nosso camarada Matias recentemente falecido

Para o ano será na Guarda
Abraçosssssss

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

domingo, 13 de setembro de 2015

Gaia 2015

Porque ontem teve lugar em Gaia mais um almoço da CAÇ - 4641 organizado pelo ex-Alferes Magalhães...

Inacabado…

Eu queria estar ai, mas não vou...
Abraçar os camaradas, mas não estou
De coração??? Sei que voou
Se calhar p´ro ano estou…

Motivo, nem sei se existe
A vida é mesmo assim
A sorrir… agora triste
Neste mar de frenesim

Magalhães, homem do norte
Eu sei que desiludi
Desejo-te muita sorte
Como se fosse p´ra mim

Porque continua inacabado…

No Pico da mocidade
Da morte, estive a um passo...
Numa guerra de verdade
Eu fui um soldado raso

Fui para guerra obrigado
Andei por vezes ao acaso
Valeu-me a camaradagem
Eu fui um soldado raso.

No meio de densas matas
E de capim tão serrado
Andei quilómetros sem fim
Eu fui um soldado raso

A sofrer d´ abstinência
Com a sorte tive um caso
Se calhar era demência
Eu Fui um Soldado raso

Vi sofrer e vi morrer
Também eu sofri calado
Não me deixavam falar
Eu fui um soldado raso

Desta guerra sem sentido
Algo foi aproveitado
Por lá fiz grandes amigos
Eu fui um soldado raso.

Fialho , Marques e Almeida
12/Set/2015
Vila Nova de Gaia

https://www.youtube.com/watch?v=wEiDiMD9j5E&feature=youtu.be

domingo, 24 de maio de 2015

Eu fui um soldado raso!!


Eu fui um soldado raso

Numa guerra de verdade

Da morte, tive a um passo...

No Pico da mocidade

 

A sofrer d´ abstinência

Com a sorte tive um caso

Se calhar era demência

Eu Fui um Soldados raso

 

Parecia homem…era moço

Inocente e sem maldade

De adulto era um esboço

Numa guerra de verdade



Continua…


Fialho

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Dia da mãe...


Mãe

Como filho fiquei órfão
De mãe e pai, é assim…
Ainda tenho os irmãos
São um pedaço de mim
 
Sabendo que ia pra Guerra
Foi-me levar á estação
Sem sentir os pés na terra
Suava o seu coração
 
Ficou sem mãe á nascença
Por madrasta foi criada
Fico-me dela a parecença
Por todos foi muita amada
 
Mãe é mãe, a minha foi
Completa, mãe galinha
P´los cornos agarrou bois
Chamavam-lhe Custoidinha
 
Que tinha pelo na venta
Dava recados sozinha
Passou um mar de tormentas
Não era outra, era a minha

Fialho

NOTA: A minha ausência deste espaço, devesse ás manias desta coisa que se chama novas tecnologias

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Fiz do Cravo uma Nação



Fiz da Chaimite, um arado
E da granada um pião.
Da G 3, fiz um cajado.
E do cravo uma nação.

Da mochila, fiz sacolas
Do inimigo um irmão,
Dos quartéis eu fiz escolas,
Do desperdício fiz pão.

Fiz do Racal a guitarra,
Do gemido uma canção.
Do abutre uma cigarra
E da caserna, um salão.

Dos hélios fiz ambulâncias,
Das bases fiz hospitais.
Da guerra fiz tolerância
Dos namorados casais

Dos soldados fiz poetas.
Deputados, vendedores,
Serralheiros, escriturários,
Bancários e professores

Abril/2000
Leandro Fialho

quinta-feira, 17 de abril de 2014

25 de Abril - 40 Anos


De Abril, diz-se aguas mil
Para mim foi liberdade
Roubada á ditadura Vil
Num poema de verdade

Como arma uma canção
E um povo sem maldade
Cravo vermelho, coração
Para mim foi liberdade

Pura sã e sem rancores
Não fossem falsos gentis
Era o Abril dos Amores
Roubados á ditadura Vil

Que matou velhos e novos
Sem dó e sem piedade
Foram libertados povos
Num poema de verdade


Se não tem sido em Abril???
Teria sido em Janeiro…
E seremos muitos mil
Em Maio ou Fevereiro.


Abril 2014
Leandro